Divina Comédia


Para criação das obras foi considerado como objeto inspirador “A Divina Comédia” de Dante Alighieri [Três livros: Inferno, Purgatório e Paraíso]. São trabalhos distintos que podem ou não, compor um só conjunto artístico.

Memória – Desconstrução – [Re]significação

As obras resultam de experimentações que mesclam fotografia, desenho, pintura e tecnologia digital; sobretudo simétricas. Todo processo criativo acontece no computador. Trata-se de uma composição para paredes - partes independentes - inspirada nos livros da Divina Comédia. O discurso visual se constitui a partir dessa relação onde fragmentos de imagens desconstruídas de seu aspecto original criam novos significantes, possibilitando a construção de um novo objeto. Cada obra teve como fio condutor um livro da obra literária. Traços que podem dizer da memória, mediados pela visualidade e que apostam no causar estranhamento (despertar sensações, provocar reflexões) como efeito criado pela obra para nos distanciar em relação ao modo comum como apreendemos o mundo e ela mesma. O que nos permitiria entrar numa dimensão nova, só visível pelo olhar estético ou artístico. Ideia de quê quem interpreta a mensagem deve se questionar sobre a flexibilidade, potencialidades, códigos, linguagem, entre outros. Umberto Eco tratou disso quando apontou a auto-reflexibilidade como aposta de resposta que se manifesta ao destinatário quando este retorna à obra para [re]significá-la com sua própria visão de mundo.