Como antecipei na postagem anterior, darei sequencia neste post falando um pouco sobre a fotografia na arte contemporânea. As várias possibilidades e a deformação ocorrida em seu sentido. É nesse cenário que aprofundarei um pouco sobre a fotografia como a expressão artística no universo contemporâneo.
Decompondo a palavra “fotografar” temos:
Foto = luz, Grafar = escrever.
Sendo pelo olhar que entramos na luz e por ele recebemos seu efeito, podemos pensar que a essência da ação de fotografar e seu resultado, a imagem, são poesias escritas com luz; apanhadas pelo visível poético possível aos que se permitem. Aqueles que não anulando as divergências, diferenças e dificuldades, mas ao contrário, apesar da angústia, seguem adiante.
A fotografia não está fechada apenas ao registro de cenas. Por ser um meio de expressão, ela se prestou à investida estética. Entretanto, a imaginação criadora vai além, nos mostrando que a imagem fotográfica pode ser apreendida de muitas maneiras.
A deformação por meio das variadas possibilidades técnicas, químicas, digitais ou ópticas pode gerar abstração, alteração visual ou conceitual da ordem natural dos objetos ou elementos visuais, definindo novas realidades pela criação imaginativa. Ela pode ser um instante capturado pelo autor, registro visual de sua atividade criativa ou, pode tornar-se uma manifestação artística em si mesma.
A fotografia na contemporaneidade deve ser tomada como processo iniciador. Aquele ponto de partida para repensar e refletir sobre a vida e sobre a própria arte. A pesquisa e o uso de materiais inusitados a mudou, mas continua histórica e disso não devemos nos esquecer. No entanto cada vez mais, ela se apresenta circulante e rompendo paradigmas. Interagindo em diálogos, interfaces e trocas, em movimento híbrido de total convergência.
Todavia devemos ter em mente que o motor da criação é o ser humano e, aceita essa afirmação, qualquer meio pode ser usado para se fazer arte. Qualquer técnica pode ser usada pelo artista para passar a mensagem desejada.
Até mais!
Por Vanessa CTReis
Comments